O Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Amargosa (CMDM) realizou nesta quarta-feira (16), um ato público em frente ao Fórum Desembargador Sálvio Martins, contra a soltura de 10 suspeitos de crimes, entre eles, o comerciante Otaviano Sampaio, conhecido como o “Rei das Bermudas”, que assassinou, esquartejou e ocultou o cadáver de sua companheira, Danielle Vieira, de 29 anos, em 2010.
Os presos tiveram relaxamento de prisão concedido pelo Juiz substituto da Comarca de Amargosa, Rodrigo Alexandre Rissato, no último dia 09 de maio. De acordo com o que consta na decisão judicial, o processo está parado por falta de juiz titular e o Juiz substituto não teria condições de impulsionar todos os feitos dos processos.
Para a Coordenadora do Conselho da Mulher em Amargosa, Carla Oliveira, o ato público tem como principal objetivo demonstrar toda a indignação a respeito dessa situação lamentável. Segundo ela, dentre os presos que foram soltos, alguns cometeram crimes contra a mulher, desde suspeita de estupro, violência física e no caso mais grave, assassinato com requintes de crueldade, envolvendo o “Rei das Bermudas”.
O Promotor de Justiça de Amargosa Dr. Marcelo Miranda, que já havia encaminhado um recurso, no dia 10 de maio, pedindo a reversão do relaxamento de prisão, concedido a Otaviano Souza Sampaio, ‘O Rei das Bermudas’, e os demais presos, recebeu os participantes do ato de repúdio na entrada do Fórum. Dr. Marcelo Miranda parabenizou a iniciativa do Conselho da Mulher e qualificou o ato como justo. Segundo o Promotor, “Amargosa vive uma crise no Judiciário”.
O ato publico de repúdio à soltura desses presos, contou com a presença de representantes de vários órgãos e entidades do Município, como a Câmara de Vereadores, que liberou seus funcionários para participarem da mobilização. A vice Prefeita Karina Silva também esteve presente na manifestação cobrando atitudes imediatas em relação a este fato.
Durante o ato, cartazes e faixas pedindo justiça foram colocados na entrada do Fórum de Amargosa. Os participantes da manifestação estavam vestindo preto, em sinal de luto.
Por Jadson Ribeiro
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